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A MORTE NÃO EXISTE

Bendito seja o nome do nosso mestre Jesus Cristo, cujo seu amor me recebeu com muito carinho no plano espiritual de luz.

Hoje venho com muita felicidade dar o meu relato espiritual, repleto de reviravoltas e muita tensão.

Jamais fui um homem fácil. Muito incrédulo, inflexível, me mantendo sempre rígido quanto aos ensinamentos religiosos que recebia de meus pais, irmãos e amigos mais próximos.

Sempre fui muito avesso a este assunto, não me permitindo assim, aprender nada sobre a palavra de Jesus ou de qualquer outro religioso famoso que fazia suas pregações.

Para mim isso tudo era uma grande palhaçada, que somente os mais ignorantes e humildes se apegavam, por falta de ter onde se segurar.


No momento da dificuldade, sem saber para onde ir ou se socorrer, eles se apegam a religião, buscando respostas e salvação.


Eu jamais me propus a isso.

Contudo, ao desencarnar e tomar ciência da minha morte, me arrependi muito por nunca ter dado atenção à algumas verdades que já havia escutado, mas não aprendido.


Minha vida foi sempre muito tranquila em relação aos bens materiais, sempre tive mais que o necessário para viver e sustentar minha família.


Envelheci bem financeiramente, e após meu desenlace do corpo físico, deixei minha família bem amparada.


Minha morte foi tranquila também. Certa noite, deitei em minha cama, dei um beijo de boa noite em minha esposa que já estava comigo há mais de 30 anos e peguei no sono físico, para não mais acordar.


Sem dor e sem sofrimento, somente a extinção da vida física.


Quando despertei, já não estava mais ligado ao corpo.


Foi uma sensação muito estranha. Eu estava me sentindo muito vivo e ao mesmo tempo leve.


Eu tinha o mesmo corpo no astral, a mesma aparência, mas muito mais vivo e disposto.


Até pensei que tinha tido uma excelente noite de sono e descanso, já que havia acordado tão bem.


Eu estava no meu quarto, mas havia algo diferente.


Os móveis não eram os mesmos, nem a cama que eu havia dormido a noite inteira era a mesma.


Fiquem bem confuso e resolvi procurar minha esposa.


Quando cheguei na cozinha, senti o cheiro do café que ela estava colocando na mesa e fiquei bravo por perceber que ela havia colocado somente uma xícara.


Perguntei a ela o motivo disso e acabei me esquecendo do quarto que estava diferente.


Ela me ignorou completamente. Parecia fingir que não me ouvia.


Percebi que seu semblante era sereno, mas parecia que ela havia envelhecido alguns anos.


Não era mais o mesmo rosto que eu havia beijado antes de dormir.


A minha confusão mental somente aumentava. Me perguntei se estava sonhando e fiquei parado ao lado dela, enquanto tomava seu café da manhã.


Mais uma vez lhe dirigi a palavra e fiquei sem resposta.


Aquilo foi me tirando do sério, pois ela estava nitidamente me ignorando e eu não me lembrava de ter feito algo errado para que estivesse ressentida comigo.


Foi então que, sentindo seu descaso, resolvi dar uma volta, refletir e voltar depois. Talvez ela estivesse mais calma e pudéssemos conversar.


Do lado de fora, minha surpresa foi ainda maior, pois nós morávamos em uma fazenda e eu tinha cavalos, os quais sempre fui apaixonado.


Todavia, meus cavalos não estavam mais e o meu estábulo estava vazio.


Fiquei enfurecido e voltei chispando raiva para dentro de casa, a fim de cobrar respostas.


Eu não entendi o que estava acontecendo e fui me perturbando cada vez mais.


Quando entrei, ela não estava na mesa da cozinha, mas sim na sala, sentada em uma poltrona que eu nunca havia reparado, lendo um jornal.


Cheguei perguntando o que havia acontecido? Porque as coisas estavam diferentes na casa? Que poltrona era aquela? Onde ela havia colocado os meus cavalos?


Mais uma vez, ela, simplesmente me ignorou.


Falei mais alto e disse que se ela continuasse agindo daquela forma, eu não responderia por mim.


O silêncio dela se manteve.


Fui em sua direção e tentei segura-la pelo braço, mas para minha surpresa, minha mão passou por dentro dela, que sentiu um leve arrepio.


Eu fiquei em choque e tentei mais uma vez toca-la, mas sem sucesso.


Cai de joelhos no chão, na sua frente, em um estado lamentável de dor, angústia e sofrimento.


Meus olhos se encheram de lágrimas e, em estado de negação, mas quase assimilando o que estava acontecendo, preferi acreditar que estava sonhando.


Tentei de tudo, até me belisquei, senti a dor, mas não acordei daquele pesadelo.


Permaneci algum tempo ajoelhado no chão, chorando convulsivamente, não querendo acreditar que tudo aquilo era real e que eu havia morrido.


Não acreditava em nada daquilo que já havia escutado de algumas pessoas. Elas diziam que o corpo iria morrer, mas o espírito era imortal e seguiria vivo.


Ao mesmo tempo que eu pensava poder estar morto, me sentia muito vivo e com todas as sensações que sentia quando estava no corpo.


Após refletir por muito tempo, me levantei e passei o restante do dia ao lado da minha esposa, sem dizer uma só palavra.


Tentei tocar alguns objetos e não foi possível.


O dia passou, e ao anoitecer, momentos antes de dormir, ela foi até uma imagem de uma santa da igreja católica que sempre esteve na sala e orou fervorosamente.


Eu me ajoelhei ao seu lado e fiquei ouvindo suas súplicas. Pediu paz, saúde e proteção para ela e toda nossa família, e no final, rogou a Deus pelo meu espírito, pedindo que fosse muito bem guardado e amparado, para que um dia, muito em breve, pudéssemos nos encontrar no plano espiritual.


A resposta à minha dúvida veio como uma faca e fincou no meu coração, que já havia percebido a verdade, mas não queria aceita-la.


Eu estava mesmo desencarnado.

Levantei, gritei, chorei, esperneei, tentei quebrar as coisas, toca-la, abraça-la, mas tudo em vão.

Eu gritava: _não, não, não. Até meus cabelos eu puxei. Demonstrando minha total ignorância e desequilíbrio por saber que estava realmente morto.

Ela sentiu um leve mal estar e se levantou, seguindo rumo aos nossos aposentos, para que pudesse descansar.


Eu permaneci ali, me sentindo desolado, confuso, desamparado e com muito medo.


Sentei no canto da sala, abracei os meus joelhos e fiquei ali por muito tempo.


Parado no mesmo lugar. Preso aos mesmos pensamentos.


Todos os dias, a cena se repetia, e minha esposa, antes de dormir, se ajoelhava à frente da imagem e orava por todos.


Quando ela citava meu nome, eu sentia um leve torpor, como se uma balsamos salutar de luz, penetrasse minha alma, que me tranquilizava o espírito e causava uma estranha sensação de bem estar.


Um certo dia, depois de um longo período que até então não sabia mensurar, resolvi me ajoelhar ao lado dela e quando ela citou, novamente, o meu nome, resolvi acompanhar a prece, rogando a este Deus que ela acreditava, por clemência e misericórdia.


Foi então que, de repente, um ser muito iluminado, surgiu a minha frente, me estendendo a mão.


Eu me assustei, pois desde quando acordei desencarnado, não havia conversado com mais ninguém.


Era um homem, alto, branco, aparentando uns 60 anos, vestindo uma roupa clara e muito antiga, demonstrando muita confiança, afeto e carinho por mim.


Eu estava um trapo e diante da situação que estava vivendo, sem ter noção de tempo, resolvi segurar a sua mão.


Ele me levantou, abraçou-me com muito carinho e me tranquilizou. Pediu para que eu confiasse nele, pensasse em Jesus e permitisse que me levasse dali.


Eu disse que não queria partir, pois amava minha esposa e gostaria de ficar ao lado dela.


Ele me disse que, era justamente por isso que eu precisa me apressar, pois em breve tempo, chegaria o momento do desencarne dela e eu precisava estar apto à recebe-la.


Não entendi muito bem, mas confiando naquele homem resolvi seguir.


Em um piscar de olhos, como em um passe de mágica, eu estava em outro lugar.


Um lugar lindo, aconchegante e harmonioso. Onde as minhas percepções se aguçaram ainda mais e tudo era mais belo, vivo e maravilhoso. Não tinha como não gostar daquele lugar.


Para mim era um lugar muito familiar e estando ali, eu sentia como se estivesse retornando para o meu verdadeiro lar.


Fui muito bem recebido por alguns amigos e parentes que já haviam desencarnado, e aos poucos, fui tomando conhecimento de todos os fatos decorrentes da minha morte.


Me informaram que desencarnei dormindo. Que minha esposa percebeu logo pela manhã e informou a minha família.


Todos se juntaram para o meu sepultamento e minha esposa foi muito bem amparada pelos nossos filhos.


Após minha morte e sentindo-se muito sozinha, resolveu permanecer na nossa casa, mesmo a contragosto dos nossos filhos que gostariam que ela tivesse se mudado para perto deles.


Fez algumas mudanças que sempre quis fazer, mas eu sempre do contra, colocava empecilhos.


Vendeu os cavalos, que apesar de gostar, não daria nenhuma atenção a eles.


Por outro lado, eu, após meu desencarne, passei um longo tempo dormindo no mesmo lugar, pois não acreditava em vida após a morte e isso fez com que eu permanecesse em sono profundo por mais de um ano.


Após um longo e laborioso trabalho dos espíritos de luz, acordei, mas não quis seguir, preferi ficar na minha casa, pois não acredita e nem aceitava a morte.


Quando descobri que havia mesmo desencarnado, entrei em desespero e fiquei em choque, sentei no canto da sala e sem nenhuma noção de tempo, passei quatro anos paralisado no mesmo lugar, mantendo os mesmos pensamentos, aprisionado às minhas próprias escolhas, ante minha ignorância.


Para mim foi surpreendente tomar conhecimento de tudo isso, não tinha ideia de ter vivido essas situações por tanto tempo, que hoje muito me envergonham.


Contudo, fazem parte de um aprendizado muito edificante.


Após tomar conhecimento de tudo, reavaliei minha vida e aprendi com meus erros. Passei a estudar sobre as questões espirituais e o envolvimento de Jesus com a humanidade.


Me tornei cristão e hoje falo deste nosso irmão de luz com muito amor e emoção.


O carinho que recebi dos cristãos, fez toda diferença para minha plena adaptação no pós morte.


Fiquei mais alguns anos no plano espiritual me preparando para receber minha amada. Ela desencarnou 4 anos depois que eu fui socorrido e eu já estava plenamente apto para recebe-la e auxilia-la em sua adaptação.


Nos tempos de hoje, fazem mais de 60 anos que desencarnei e, junto da minha esposa, temos planos para voltar a viver novas experiências na carne.


Temos medos, inseguranças, mas sabemos que hoje estamos muito mais preparados do que na última oportunidade.


Não sabemos ainda se viveremos a continuação do nosso amor, pois na carne tudo é incerto e depende das nossas escolhas, mas temos a certeza de que este reencontro irá acontecer na nova experiência material terrena e a vida se encaminhará de nos unir.


Rogamos sempre a Deus, nosso pai maior e criador de tudo, para que saibamos aproveitar melhor a oportunidade. Ela em um estágio espiritual mais elevado e eu seguindo seus exemplos e me tornando um ser humano melhor e cada dia mais cristão.


Essa é a minha história que conta um pouco da minha trajetória.


Que ela faça sentido para sua vida. Que ela te ajude a entender melhor a morte e a importância de buscarmos conhecimentos espirituais, seja em qualquer doutrina religiosa.


Hoje, mesmo que tenha sido um cético, te afirmo com muita alegria que a morte não existe e que nós como espíritos criados por Deus, somos imortais.


Que Deus continue abençoando sua caminhada e que você seja sempre a sua melhor versão, em qualquer situação.


Graças a Deus.


NAVEGANTES DA ESPIRITUALIDADE.

(Relato Espiritual)

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