Na jornada espiritual, durante o desenvolvimento e afloramento da mediunidade, os médiuns anseiam por identificar quem são seus mentores, guias e guardiões espirituais. Essa curiosidade é natural. Todos querem saber quem são os espíritos amigos que se manifestam nos trabalhos e reuniões mediúnicas.
No entanto, é importante lembrar que a verdadeira sabedoria não reside na pressa e na ansiedade de conhecer suas identidades, mas sim na paciência e na dedicação ao que eles estão ensinando.
Muitos médiuns, seduzidos pela ideia de que podem ter consigo espíritos ou entidades famosas e reconhecidas trabalhando na espiritualidade, acabam caindo na armadilha da vaidade.
Essa busca pela fama e notoriedade pode levá-los à fascinação e ao fracasso.
No mundo tecnológico e globalizado em que vivemos, as informações sobre qualquer espírito ou entidade podem ser encontradas na internet, advindas das mais variadas e duvidosas fontes. Todo mundo fala sobre tudo e a maioria propaga informações sem conhecimento.
Em muitos lugares, é possível encontrar apresentações de determinados espíritos que, ao invés de orientar e auxiliar, acabam prendendo o leigo àquele estereótipo e forma de manifestação.
Contudo, as informações disponíveis nos mais variados canais de comunicação nem sempre refletem a essência das entidades espirituais.
Aquele que absorve essa informação e a entende como verdade acaba criando a ilusão e a fantasia de que o espírito que o acompanha tem que ser como o outro. Colocando isso em mente, o médium acaba prejudicando a manifestação daquele espírito, que, para poder trabalhar e ser aceito, precisa se manifestar da forma como o médium acha que é o certo. Assim, ele se priva de conhecer a verdadeira essência dos espíritos.
A espiritualidade não tem rótulos, mas os espíritos se manifestam com determinados estereótipos a fim de não perder a oportunidade de trabalho. Sendo assim, eles aceitam e se apresentam de forma diferente do que deveriam para atender à vaidade do médium.
O médium precisa desenvolver maturidade espiritual, discernimento e abrir a mente ao buscar informações sobre os espíritos que o acompanham. Cada espírito, por mais que represente uma determinada energia, tem sua particularidade e essência espiritual. Respeitar a individualidade desses espíritos ou entidades é crucial para um trabalho mediúnico autêntico e responsável.
O mais aconselhável é buscar respostas para seus questionamentos dentro do espaço religioso em que a entidade se manifesta. Os mais velhos e os responsáveis pelo trabalho poderão e deverão te auxiliar.
Eles possuem o conhecimento e a sabedoria necessários para nos guiar em nossa caminhada espiritual, transmitindo os ensinamentos de forma autêntica e respeitosa.
A paciência é uma virtude fundamental na mediunidade. A pressa em conhecer todas as respostas pode resultar em autossabotagem espiritual. Aqueles que buscam atalhos acabam por prejudicar sua própria evolução, comprometendo sua conexão com as entidades e seu crescimento pessoal.
Cada entidade é única, com sua própria história, características e ensinamentos. Devemos cultivar a paciência e a dedicação ao estudo e à prática mediúnica, buscando orientação junto aos mais velhos e responsáveis.
Assim como cada médium constrói sua história na caminhada, aprendendo com erros e praticando acertos, cada espírito também tem sua trajetória única. É importante compreender a falange e a egrégora de cada um, facilitando a conexão e a comunicação com nossos mentores espirituais.
Antes de se preocupar em pesquisar para conhecer suas histórias, devemos permitir que elas se apresentem e compartilhem o que for necessário saber. Não devemos nos iludir com histórias romantizadas a fim de alimentar nossa vaidade, mas sim buscar compreender a essência e os valores de cada ensinamento espiritual capaz de nos fazer crescer e evoluir espiritualmente e moralmente.
Que possamos seguir adiante em nossa jornada espiritual com gratidão e respeito, honrando sempre a presença e os ensinamentos dos espíritos amigos que nos guiam com sua luz, compaixão, caridade e benevolência.
Resumindo, é na humildade de reconhecermos que somos apenas instrumentos nas mãos do Divino que encontramos a verdadeira luz. Ao abraçarmos essa humildade, transcendemos os limites da vaidade e do ego, permitindo que a sabedoria dos espíritos nos guie com clareza e pureza de propósito. Que cada passo em nossa jornada seja marcado pela simplicidade e pelo amor, pois é nesse estado de entrega que nos tornamos verdadeiramente receptivos à orientação espiritual que nos conduzirá ao crescimento e à realização de nosso propósito maior.
NAVEGANTES DA ESPIRITUALIDADE