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COMO SOBREVIVI À MORTE DO CORPO

Atualizado: 8 de dez. de 2023

Sei o quanto é difícil acreditar para quem não tem conhecimento, mas te garanto que tudo é muito real e intenso.


No instante derradeiro, sabendo que meu desencarne era iminente, estava aterrorizada com o fato de que morreria e tudo teria um fim.


Durante a minha vida, jamais acreditei que a vida continuasse após a morte. Sempre fui cética e não concordava com nada que ouvia nesse sentido, pois para mim eram apenas falácias doutrinadoras e serviam somente para ignorantes.


Porém, minha realidade mudou, e minhas convicções também.


Assim que aconteceu, após eu dar meu último suspiro, senti minha vida se acabando. Que sensação horrível perceber que está morrendo. É indescritível, mas real.


Isso realmente aconteceu, e não tem como eu descrever meus sentimentos naquele momento.


No entanto, após sentir aquela sensação da morte, me vi viva. Muito viva.


Minha primeira lembrança após a morte do meu corpo físico é estar em pé ao lado da cama, vendo meu corpo sem vida e inerte, com minha filha debruçada sobre ele, chorando muito.


Naquele instante, senti que realmente havia morrido, mas não entendia como poderia estar tão viva.


Sentei-me em uma poltrona ao lado e fiquei ali parada por horas, refletindo sobre o que me havia acontecido.


Vi e reconheci todos que entraram para ver meu corpo morto. Escutei cada fala e senti boas energias daqueles que rezaram por mim naquele momento de dor e confusão mental.


Isso mesmo, dizem que é normal ficar confuso logo após o desencarne.


Meu corpo foi preparado para o meu velório e posterior enterro, mas eu não quis acompanhar, não queria me ver dentro de um caixão, ainda mais agora, sabendo que a morte realmente não existia.


Após tomar essa decisão, roguei a Deus pela sua proteção e misericórdia.


Fiquei com muito medo, pois já que eu jamais acreditei nessas coisas de vida após a morte, não me sentia digna de seguir para qualquer lugar.


Alguns meses se passaram, e eu continuei na mesma situação. Não saía daquele quarto para nada. Certo dia, não suportando mais a solidão e a falta de respostas, me ajoelhei e fiz uma oração do fundo do meu coração, suplicando a Deus por um socorro, para que eu pudesse ter o direito de estar ao seu lado.


Naquele momento de súplica, apareceram dois amigos espirituais que estavam me vigiando, aguardando por este momento.


Um se chamava Paulo e outro Pedro. Eles me estenderam a mão e me convidaram a sair daquele quarto para ver e admirar as coisas bonitas que estavam lá fora.


Eu, já sem forças para continuar naquele lugar, segurei suas mãos e segui com eles.


Com um passe, eles revitalizaram meu corpo astral e recuperei a minha energia.


Durante nosso trajeto, pude contemplar muitas coisas maravilhosas, mas nada se comparava ao lugar que chegamos, onde eu permaneceria. Era um lugar lindo, cheiroso, limpo, harmonioso e surreal para aqueles que ainda não o conhecem. Parecia uma vila pequena, porém extremamente moderna e iluminada. Jamais havia visto algo semelhante na Terra.

Fui recebida com grande hospitalidade neste lugar e logo me senti completamente adaptada.


Hoje, sinto-me parte deste maravilhoso local chamado Colônia Espiritual Santo Agostinho.


Espero que, assim como eu, você também tenha a oportunidade de um dia conhecê-lo, seja como visitante encarnado ou desencarnado.


Como mencionei no início, jamais imaginava que tudo isso fosse possível, pois nunca busquei conhecimento sobre o assunto. No entanto, a vida me reservou essa bênção, e com a ajuda de muitos amigos, hoje vivo aqui.


Trabalho em prol dos espíritos recém-chegados, ajudando-os a se adaptarem, assim como fizeram comigo.


Trato-os com muito amor, carinho e compaixão. Sei que neste momento, tanto aqueles que permanecem na Terra quanto aqueles que partem, precisam de todo apoio possível, pois para a maioria, a vida futura não existe, e isso causa muito sofrimento diante da separação do corpo físico.


Fico feliz em compartilhar meu relato com a intenção de abrir os olhos e a mente daqueles que não desejam buscar conhecimentos de natureza espiritual, pois não compreendem sua relevância.


No entanto, afirmo a vocês que o conhecimento, seja qual for, é uma das poucas coisas que levamos desta vida material. Minha adaptação e aceitação teriam sido muito mais fáceis se eu tivesse buscado saber mais sobre as questões espirituais enquanto estava encarnada.


Que você possa refletir sobre isso e mudar suas perspectivas, dando prioridade ao que realmente importa: a sua existência, não apenas a sua vida.


NAVEGANTES DA ESPIRITUALIDADE.

(Relato Espiritual)

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