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LIBERTE-SE DO PESO ALHEIO

Atualizado: 16 de fev.

A jornada terrena, enquanto seres encarnados, revela-se uma travessia desafiadora. Em um mundo permeado por testes e expiações, onde sombras e maldades persistem, encontramos a fonte de nosso sofrimento. Esse cenário muitas vezes nos conduz à exaustão, pois cada passo é um fardo pesado.



É justamente essa severidade que leva alguns a desistir da vida. Na ótica deles, concluir o próprio tormento dessa forma parece ser a única solução, e assim, ao finalizar a própria jornada, extinguem também a oportunidade de crescimento e aprendizado.


Essa percepção é uma doce ilusão. O sofrimento não se despede por essa via, mas sim se avoluma, ganhando proporções ainda mais avassaladoras.


Pausa para uma reflexão profunda:


Você já se perguntou se a fadiga que sente não é mais pesada do que deveria? Será que sua caminhada não poderia ser mais leve, menos exaustiva?


Olha! Vou te dizer uma coisa "Na maioria dos casos, sim."

A razão por trás disso é clara. Por vezes, sobrecarregamo-nos com bagagens alheias, absorvendo as cargas emocionais daqueles a quem desejamos amparar. Abraçar a causa do necessitado é imperativo, seja ele conhecido ou estranho. Um dever sagrado, onde as oportunidades de auxílio refletem nosso crescimento espiritual.

Contudo, equívoco é mergulhar nos abismos alheios. Transportar fardos que não nos pertencem, eis o que impõe peso a nossa jornada, esgotando-nos prematuramente.


Imagine um fardo que pesa em excesso sobre os ombros que os carregam adiante.


Ainda que fé, bondade e a prática dos ensinamentos de caridade e benevolência guiem nossa jornada, não devemos permitir que os tormentos alheios se transfiram para nossas almas. Jamais.


Quando estendemos a mão, nosso papel é levar palavras de luz, energia regeneradora, abraços repletos de compaixão. Ofertar direção e caminhos, revelando saídas e faíscas de esperança, mas nunca conceder ombros para que depositem suas aflições. Não somos os escudos que carregam pesos alheios, mas sim os guias que acendem luminárias nas encruzilhadas.


Tudo que vivenciamos carrega um sentido justo, uma razão de ser. Quando alguém, apesar de nosso amor, encontra-se imerso em desafios, nosso dever é amparar, desde que nossa própria luz não se ofusque. Porém, jamais assumir a dor alheia como nossa. Pois os ônus que carregam são lições necessárias, um chamado da vida para a evolução.


Os tormentos que aceitamos, sejam por ignorância ou caridade, frequentemente nos consomem mais do que deviam. Essa escolha é uma via de sofrimento, não apenas para nós, mas também para aqueles que pensamos ajudar. Pois ao assumirmos os fardos alheios, negamos-lhes a oportunidade de crescer e amadurecer através da adversidade.


Portanto, não permita que sua mão alivie a dor do outro, se isso significar infligir dor a si mesmo. Seus próprios fardos, já tão seus, devem ser enfrentados até que você aprenda a libertar-se deles, não a criar novos.


Assim, nas asas da compaixão, que possamos navegar pelas águas da espiritualidade, carregando apenas o amor que ilumina nossos caminhos, e deixando para trás as âncoras do sofrimento que não nos pertencem.


NAVEGANTES DA ESPIRITUALIDADE.





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