Os seres humanos, estão contaminados pelo imediatismo e pelo desprezo, deixando de dar valor ao que é vivido, sentido e principalmente aos sentimentos puros e genuínos de um casal.
O tempo foi passando e com ele veio a liberdade. Hoje, as pessoas estão buscando se libertarem de relações conjugais obrigatórias, impostas por terceiros e cheias de tabus.
No entanto, em todas as épocas da humanidade o ser humano teve sempre o mesmo objetivo, a busca incansável pelo amor verdadeiro, sonhando em encontrar uma pessoa que pudesse preencher seu vazio existencial e realizar seus desejos.
Isso jamais mudou, haja vista que, quando acreditamos ter encontrado um verdadeiro amor, na maioria dos casos, no início, vivemos uma intensa relação de amor, nos entregamos, fazemos juras de amor, promessas e idealizamos sonhos para o futuro ao lado da pessoa amada.
Em alguns casos, a coisa é tão intensa que, prometem viver juntos a vida atual e as próximas, pois acreditam que se encontraram nessa, por que o amor que estão sentindo naquele momento é tão forte e tão intenso, que acreditam ter vindo de outras vidas.
Até existe essa possibilidade, mas não vamos abordar este assunto agora.
Atualmente, o mais comum depois de algum tempo, é que a maioria dos casais que fizeram todas essas juras e tantos planos, acabam, meses ou anos depois de se conhecerem, se separando, partindo cada um em busca do próprio caminho, saindo do raio de ação um do outro e traçando novos rumos para vida, mas agora, livres e sozinhos novamente.
Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?
Na verdade, longe de querer ser o dono dela. O que acabou, não foi o sentimento, mas algumas das expectativas e desejos criados pelo desejo de viver o que sonhou ou imaginou, que se tornaram frustrantes e acabaram sendo substituídos por novos sonhos, no decorrer da vida.
As pessoas não mudam suas essências, mas mudam, constantemente, seus sonhos, projetos de vida, pontos de vista, necessidades e planos, pois quando nada disso acontece, quando não são atendidas em suas vontades, novamente se cria um vazio imenso, que somente passa a ser preenchidos com novos sonhos e desejos.
O amor verdadeiro é extremamente flexível, ele se molda às nossas necessidades, carência e envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ele se modifica à medida que vamos vivendo novas experiências, conhecendo novas pessoas, aprendendo com nossos erros, nossas dores, culpas e remorsos.
O verdadeiro sentimento que nasceu um dia por alguém, que brotou do fundo do seu coração, ainda que, momentaneamente, construído pelo preenchimento de suas carências e anseios, se mantém o mesmo, para aqueles que jamais deixaram de ser sinceros e verdadeiros para consigo mesmo.
Se nada mudou dentro de você, o amor que você um dia sentiu ou seus sofrimentos, também não mudaram. Amores verdadeiros são eternos. O que se muda é a forma de amar. Para quem um dia já amou, que já se permitiu sentir este sentimento iluminativo por alguém, jamais deixará de amar, pois o amor sempre estará presente nesta relação, seja ela qual for.
Se você um dia já amou alguém de verdade é por que o interesse que você tinha pelas qualidades dessa pessoa o fizeram ama-la.
O amor não acaba. Apenas muda sua modalidade e deixa de ser o foco, pois perde a força, permitindo assim que novos sonhos, necessidades, desejos e anseios, tomem o seu lugar, na busca por uma nova oportunidade de amar.
O tempo, a existência e a oportunidade de viver nos oferecem alternativas para avançarmos. Essa é a nossa natureza e o tempo não para.
Não é o sentimento que finda. Somos nós, seres humanos imediatistas e egoístas que ficamos cansados, desanimados ou esgotados por esperar a realização conjunta que não acontece. É como se um esperasse pelo outro e o culpasse por não conseguir realizar o que planejou.
O sentimento amor, aquele verdadeiro, seja em relacionamento conjugal ou qualquer outra forma de amar, é aquele que ocupa seu lugar em nosso coração, passa a fazer parte da nossa história e nem o tempo é capaz de apagar.
Voltando a falar de amor vivido em outras vidas, é deste sentimento que estamos falando, aquele que, foi amor na vida passada, é amor na vida presente e será amor na vida futura. Sempre existirá amor, aquele amor consolidado por vivências e experiências, boas ou ruins, entre os que se amam.
Este sentimento fica tão impregnado em nossas almas que, quando nos reencontramos em outras vidas, imediatamente, temos a impressão de conhecer a pessoa e rapidamente o sentimento de amor vem à tona, sendo que, na maioria das vezes, não entendemos por que amamos tanto uma pessoa que conhecemos há tão pouco tempo.
Neste ponto, é fácil explicar os motivos de gostar tanto de alguém e a necessidade de querer ficar perto o tempo todo, mesmo quando acabamos de conhecer.
O amor verdadeiro, o amor que jamais se acaba, caminha com o tempo e sobrevive à distância. Seja a distância de uma despedida ou de uma partida para o além túmulo. Sempre existirá amor.
Olhando o amor desta forma, você conseguira explicar muita coisa, ainda que tenha dificuldades de entender, por ser o amor um sentimento inexplicável, até que se sinta, viva e aceite ele como algo que nunca se acaba.
Quando amamos de verdade é para sempre, para nossa existência. Se acabou, não era amor.
NAVEGANTES DA ESPIRITUALIDADE
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