Certa vez, uma borboleta nasceu com uma asa diferente da outra. Enquanto uma era grande e bonita, a outra era pequena e desforme.
Mesmo percebendo que todas as outras borboletas que conhecia eram perfeitas, essa pequena borboleta jamais se deixou abater por sua diferença. Cresceu e aprendeu a voar, mesmo tendo duas asas diferentes uma da outra.
Ela admirava a perfeição e a beleza das outras e não se sentia inferior por ser deficiente; era feliz com sua aparência.
Assim como todas as outras, sentia-se livre voando ao vento de flor em flor, apreciando a beleza da vida na natureza ao seu redor.
Certo dia, em determinada situação, ela foi traída por uma amiga borboleta, que a enganou, ferindo-a profundamente.
Sentindo-se muito triste, abandonou seu grupo e voou para bem longe.
Sozinha e vulnerável, acreditando que foi traída por ser diferente, pousou em uma árvore e decidiu não mais voar, para que mais ninguém percebesse sua deformidade.
A tristeza profunda apagou o brilho dos seus olhos e dissolveu a alegria do seu coração.
Contudo, em um longo momento reflexivo, a borboleta foi se lembrando de tudo que já havia passado e do quanto persistiu para aprender a voar como as outras, mesmo tendo uma asa diferente da outra e todas dizendo que não seria possível.
Sua garra e determinação foram fundamentais para que ela superasse a diferença em relação às outras borboletas e pudesse fazer o mesmo que elas, voar com leveza e alegria, vivendo assim uma vida normal. Construindo e realizando sonhos.
Lembrou-se das suas lutas diárias, do que já havia vivido e do quanto se tornou forte.
Decidiu voar novamente e que não permitiria que a traição da sua amiga destruísse sua vida e a enfraquecesse. Na verdade, ela resolveu usar essa traição como combustível para que pudesse se tornar mais forte e inteligente, pois não seria mais tão inocente.
Em pouco tempo, a borboleta encontrou um novo grupo, no qual foi muito bem acolhida e aceita, mesmo sendo diferente.
Renovou o brilho em seus olhos e alegria voltou a encantar a todos a sua volta.
Com muita facilidade, fez novas e verdadeiras amigas. Todas a amavam por ela ser quem era, mesmo com suas asas desiguais. Viveu por muito tempo e foi feliz neste grupo.
Moral da história.
Essa parábola nos ensina a importância da perseverança, demonstrando que as diferenças físicas não podem nos limitar. Nossas limitações são impostas por nossa mente, que nos enfraquece ante qualquer dificuldade.
Nós somos nossos maiores inimigos, pois vivemos nos sabotando e dizendo a nós mesmos que não somos capazes.
É preciso acreditar mais em si mesmo, pois os obstáculos surgem em nossas vidas para que possamos superá-los, e quando o fazemos, nos tornamos mais fortes e confiantes.
Outrossim, fala sobre tristeza, desgosto, ingratidão, perdas da vida, decepção e traição que muitas vezes nos colocam no fundo do poço. Lugar onde decidimos ficar, pois não temos forças para superar tais situações, muitas vezes, inesperadas.
Contudo, demonstra como a borboleta, ao fazer uma reflexão e se lembrar de quem ela era, se encontrou consigo mesma, juntou todas as forças e decidiu que isso não ditaria o destino da sua vida, voltando a voar e reencontrando a felicidade.
A vida é assim. Na maioria dos casos, somos traídos por quem mais amamos, essas traições são capazes de destruir as nossas vidas, mas podem nos fortalecer e alavancar nosso crescimento.
Tudo depende do quanto você se enxerga forte e capaz de superá-la.
Essa borboleta fez, como nós seres humanos devemos fazer, se aceitou como é, respeitou as diferenças, superou suas limitações e se valorizou.
O encontro consigo mesmo, o autoconhecimento e a fé são ferramentas essenciais para o nosso desenvolvimento e autossuperação.
A força para renovação está dentro de nós, basta acreditar e aprender utilizá-la.
Nossa vida é cheia de altos e baixos, e nós devemos aproveitar todos os momentos para aprender e nos aprimorar.
Tudo é capaz de nos ensinar algo. O bom momento nos ensina como fazer e o mau momento nos ensina o que fizemos de errado. Isso é fato.
Essa mensagem nos motiva a entender que todos nós temos deficiências, que são nossas fraquezas, medos e inseguranças, mas devemos aprender a caminhar com isso, abraçá-las como parte de quem somos e encontrar forças para superá-las.
É muito importante lembrar que nós não caminhamos sozinhos. Todos nós temos família, amigos, Deus e a espiritualidade para nos amparar e caminhar ao nosso lado. Estes são capazes de nos dar apoio nos momentos de dificuldade.
Faça como a borboleta, se conecte a algo maior que você mesmo, seja sua força interior, sua fé ou espiritualidade, e cultive a paz no seu coração.
Um ser em paz e com a consciência tranquila é capaz de realizar maravilhas.
Que estes ensinamentos fiquem impregnados em nossa consciência para que possamos aceitar as diferenças em nós e nos outros, despertar e realizar o autoencontro, praticar a religiosidade em concordância com a nossa espiritualidade, para que possamos encontrar a paz e o equilíbrio em nossas vidas, mesmo em meio a tantos desafios.
Que possamos aprender e aceitar que a vida é uma jornada de aprendizado, na qual todas as dificuldades e barreiras são necessárias para o nosso aprimoramento moral e intelectual.
Sendo assim, está claro que nosso maior objetivo não é ser melhor do que os outros, mas sempre melhor que nós mesmos. Faça hoje melhor do que você fez ontem, e estará vencendo a si mesmo.
NAVEGANTES DA ESPIRITUALIDADE.
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