Certa vez, um menino muito jovem chegou da escola triste e com lágrimas nos olhos.
Sua mãe, notando todo o sentimento que acometia seu filho, foi conversar com ele.
"Meu filho, o que aconteceu? Por que está tão triste e com vontade de chorar?"
O menino abraçou a mãe e permitiu que suas lágrimas rolassem.
A mãe, tentando amenizar o pranto, manteve-se em silêncio, apenas acariciando seus cabelos e colocando-o em seu colo confortante.
Após alguns instantes, depois de colocar a tristeza para fora, o menino se recompôs e contou à sua mãe o que estava acontecendo.
"Mamãe, venho passando muita vergonha na escola. Meus amiguinhos não param de caçoar de mim, e não tenho mais vontade de voltar pra lá."
A mãe, entristecida com a narrativa, perguntou:
"Como e quem está te perturbando?"
E o menino respondeu:
"Na minha sala de aula, este ano, existem dois meninos que vivem tirando sarro de mim, por conta das minhas orelhas, que dizem ser de abano. Eles já me deram um punhado de apelidos. Me chamam de orelhudo, elefantinho, fusca de porta aberta e outros que me deixam muito envergonhado."
A mãe, percebendo que as brincadeiras o haviam machucado, ponderou:
"Meu filho querido, infelizmente, no mundo em que vivemos, as pessoas, para se sentirem melhores que as outras, buscam encontrar maneiras de diminuir e menosprezar o próximo. Você é um menino lindo e muito inteligente, está sempre entre os melhores alunos da classe, todos te conhecem por sua inteligência e admiram isso. Esses dois amiguinhos só querem diminuir você, e a forma que encontraram é falando das suas orelhas. Não fique mais triste e entenda uma coisa. Por mais que eles falem, caçoem ou riam de você, colocando apelidos e tentando te envergonhar na frente dos outros, eles só conseguirão te fazer mal se você permitir, ou seja, se você se deixar afetar pelas brincadeiras de mau gosto.
Não permita, seja melhor que isso. Se você não demonstrar que ficou irritado ou triste, eles perceberão que não estão te afetando e deixarão de te perseguir. O mal somente nos afeta quando abrimos a porta para que ele entre em nossa vida, se você mantiver essa porta fechada, ele jamais irá te prejudicar."
O menino, que era muito perspicaz, entendendo o sentido e as palavras da sua mãe, compreendeu, colocou em prática e nunca mais permitiu que as tais piadas lhe fizessem mal ou o perturbassem.
Moral da história:
Não importa o mal que estejam fazendo contra você, mesmo que seja uma pessoa próxima ou distante, encarnada ou desencarnada, com magia, trabalhos espirituais ou ações materiais. Nada pode te atingir se você não permitir. A vida é assim, só tem poder contra nós aquele ou aquilo a que damos o poder. Se você não abrir a porta da sua vida, o mal baterá e partirá de volta para quem o enviou.
O mal é a ausência do bem. A escuridão é a ausência da luz. Onde cultivamos o bem e mantemos a luz acesa, nem o mal nem a escuridão são capazes de trazer qualquer desequilíbrio. Isso requer fé, autoconfiança, conhecimento e prática. Não perca tempo e busque conhecimento para se fortalecer mental e espiritualmente.
Paz e Luz.
NAVEGANTES DA ESPIRITUALIDADE
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