Sofrimentos, dores, angústias, lamentações, tristeza, desespero e revolta são alguns dos sentimentos que emergem quando perdemos alguém que amamos.
Embora saibamos que a morte é destino de todos e reconheçamos que um dia chegará, a aceitação ainda nos foge.
Não conseguimos admitir a perda de um pai, mãe, avó, avô, tio, irmão, amigo, animal de estimação e muito menos a morte de um filho.
O significado da morte nos escapa, e nos afastar daqueles que amamos alimenta sentimentos negativos e destrutivos.
Muitas vezes, a incompreensão e a revolta são tão intensas que nos levam a sentir raiva de Deus, chegando ao ponto de questionar sua existência ou justiça divina.
Somos ingênuos e ignorantes, como crianças engatinhando rumo à compreensão da existência, vida e morte.
Não compreendemos que nossa existência é permeada por ciclos, onde o término de um abre espaço para o início de outro.
A vida nunca cessa.
Somos seres imortais, inicialmente simples e ignorantes. Ao longo de múltiplos ciclos de vida e morte, material e imaterial, encarnados ou desencarnados, desenvolvemos nossa inteligência e potencialidades para nos tornarmos quem somos hoje.
Partir desta vida terrena é iniciar uma nova jornada na esfera espiritual, apenas uma transição de estágios.
Como Jesus disse a Nicodemos em uma de suas passagens mais conhecidas: 'Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo.'
Esse renascimento é a mudança de ciclo, seja o nascimento do espírito no corpo físico ou sua separação.
A vida na Terra é uma experiência em busca de aprendizado, resgate e aprimoramento, seja moral, intelectual ou espiritual.
Quando a vida se esvai na matéria, o espírito, que estava preso a um corpo físico, se liberta e retorna à pátria espiritual para continuar sua jornada evolutiva após completar mais um ciclo, seja ele longo ou curto - um período pequeno diante da existência do espírito imortal, mas repleto de aprendizado a ser aproveitado.
Entretanto, nós, ainda em aprendizado espiritual, lentamente deixamos para trás o primitivismo, buscando livrar-nos das limitações humanas, mas ainda presos ao egoísmo.
Esse egoísmo nos causa grande sofrimento. O apego aos entes queridos nos faz sofrer diante da separação pela morte. Muitos preferem manter seus amados enfermos, padecendo de doenças terminais que causam dores insuportáveis, retendo-os no corpo físico, pois não aceitam sua partida.
Por amor e apego doentio, impedem que partam em paz, prolongando seu sofrimento e o daqueles que cuidam deles.
Precisamos mudar nossa visão sobre a morte, entendê-la e aceitá-la como parte da vida daqueles que estão encarnados. O corpo terreno não passa de matéria densa, perecível diante da imortalidade da alma - um instrumento concedido por Deus para experimentarmos a vida em planetas como a Terra, que servem como escola para o espírito.
Precisamos compreender que a morte é parte do processo evolutivo. Enquanto você vê a morte como fim, o espírito a encara como um retorno à vida.
Tudo depende da perspectiva adotada. Somente o conhecimento espiritual é capaz de abrir mentes para este tema.
Portanto, cesse o sofrimento pela perda. Cultive pensamentos positivos sobre aqueles que partiram, mantenha vivas as boas lembranças, compreenda e aceite a morte, sabendo que um dia estaremos juntos novamente, seja no plano espiritual ou iniciando um novo ciclo na matéria.
Deus é bom e justo o tempo todo. Acredite!
Paz e Luz.
NAVEGANTES DA ESPIRITUALIDADE
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