Todos nós, filhos de um único Deus, que pode ser compreendido como a inteligência suprema do universo e causa primária de todas as coisas, somos essencialmente iguais.
Somos espíritos imortais, partículas divinas que partiram do nosso Pai Maior para ganhar identidade e vida própria na criação celestial. Fomos criados iguais, simples e ignorantes, e nossas diversas existências como encarnados nos trouxeram até o estado evolutivo em que nos encontramos hoje.
É importante refletir sobre quem você realmente é. Saiba que, neste momento, você está na sua melhor versão desde o instante da sua criação. Ao aceitar isso, pergunte-se: se esta é a sua melhor versão agora, como você foi em suas vidas passadas? Como era seu comportamento em sua jornada anterior? Quais eram suas atitudes?
Ao fazermos essa análise, ganhamos mais compaixão e julgamos menos nossos semelhantes. Somos todos iguais, filhos do mesmo Pai, criados da mesma maneira.
Sua cor, raça, crença, etnia ou orientação sexual não fazem de você um espírito diferente dos outros. No plano material, essas distinções até existem, mas são ilusórias e passageiras. Julgar seu irmão por ser diferente fisicamente, ou por ter opiniões e atitudes diversas das suas, não o faz superior a ele.
Jesus nos ensina: “Por que vês tu o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho?” (Mateus 7:3). Esse ensinamento nos convida a refletir sobre nossas próprias falhas antes de julgar os outros, lembrando que a jornada de cada um é única e merece compreensão.
Precisamos entender que não é tentando ser melhores do que os outros que nos tornamos verdadeiramente melhores. Na realidade, devemos nos esforçar para sermos melhores do que éramos ontem.
As maiores batalhas que travamos, desde o momento da nossa criação, são contra nós mesmos. Para nos tornarmos melhores e nos aproximarmos do divino criador, devemos buscar o conhecimento — que é a chave para sair da escuridão — e o autoconhecimento, que nos liberta.
Pare de se comparar aos outros. Pare de se sentir superior. Seus julgamentos são feitos a partir da sua visão limitada da vida e do mundo. Não existe um certo ou errado absoluto; o que existe são momentos. Cada um vive o seu. Talvez você não cometa mais o erro que seu irmão comete porque já o superou, mas julgá-lo não o ensinará nem te tornará melhor. O verdadeiro ensinamento vem pelos exemplos de transformação e renovação moral.
Não é porque você não comete os mesmos erros que você se tornou perfeito. Estamos longe disso, pois há falhas que você ainda comete e que seu irmão, talvez, não cometa. Reflita sobre isso e direcione suas energias para mudar a si mesmo. A nossa realidade se transforma de dentro para fora. Você muda, e tudo ao seu redor muda.
NAVEGANTES DA ESPIRITUALIDADE
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