Desde nossa infância, quando começamos a absorver os primeiros entendimentos sobre a vida, na maioria dos casos, nossos pais e os religiosos que conhecemos, tentaram nos ensinar a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.
Este, com certeza, é um ensinamento justo e verdadeiro que deve ser propagado e cultivado em nossos corações, além de ser praticado ao longo da nossa vida.
Porém, se faz importante destacar que, mais uma vez, na maioria dos casos, não nos foi ensinado a amar, respeitar e cuidar da nossa, não menos importante, Mãe Terra. Não temos por hábito agradecer a Mãe Terra pela vida que nos concedeu. Não rendemos cultos a ela. Não temos o costume de emanar vibrações de amor e gratidão a nossa Grande Mãe.
É sabido que, os povos da terra, tais como os indígenas, cultuam e realizam rituais em agradecimento a vida e a natureza do imenso planeta que habitamos, mas nós não damos o menor valor.
Nós não cuidamos, nem tratamos da Grande Mãe. Muito pelo contrário, emporcalhamos, desmatamos, destruímos, agredimos a natureza, o ecossistema, sugamos tudo que Ela nos proporciona.
À medida que a tecnologia vai avançando e a moral do homem vai ficando para trás, utilizamos todas as ferramentas possíveis, para extrair o máximo de recursos que pudermos Dela, na intenção de conquistar cada vez mais poder e notoriedade, não nos importando com os resultados ou as consequências de nossas mazelas inconsequentes.
O grande problema é que nós não deixaremos de fazer isso, enquanto não tivermos a compreensão de que Ela, que também é um ser vivo e tem a capacidade de renovação e geração de vida, está perdendo suas forças e pode vir a morrer.
Só estamos vivos e com plenas capacidades para nos mantermos assim, porque ela existe e ainda é uma Mãe saudável, pois se ela ficar doente e deixar de produzir e se renovar, nossos recursos se tornarão escassos e a vida dentro dela, será extinta.
Nossas ações calamitosas com a Grande Mãe, somente nos levam, com muita pressa e sem freio, ao encontro da escassez de recursos, miséria, fome, sede, guerras, sofrimentos, tristezas, amarguras, culpas, ressentimentos, desolação, ódio e muita culpa, mas quando estivermos nessa situação, será tarde demais e não adiantará tentar encontrar culpados.
Não queremos causar pânico. Isso não irá acontecer amanhã ou da noite para o dia, mas acontecerá em um futuro próximo, no qual você talvez nem esteja mais aqui, mas seus sucessores estarão e irão sofrer as consequências das suas mazelas ou omissão.
O papel da espiritualidade é caminhar lado a lado com as religiões, onde de forma sútil, consegue através de manifestações ou intuições, palavras, mensagens e ensinamentos, despertar no ser humano, a necessidade de respeitar e cuidar da nossa Grande Mãe.
Uma Mãe criadora, que se renova constantemente, para que possa absorver a capacidade de filhos que só aumenta e dar o melhor de seus recursos para todos eles. Mesmo que sejamos egoístas e possamos tentar tirar o melhor dela, sem compartilhar com nossos irmãos.
Um ser humano, para viver em paz e equilíbrio, precisa estar em constante ligação com a natureza, pois assim reatará os elos com a Grande Mãe, voltando ao seu seio, se tornando parte do todo e, consequentemente, se ligando ao mais alto e ao nosso Pai Maior.
Por este motivo, na busca pela evolução coletiva e constantes cuidados com a Grande Mãe, é que a espiritualidade vem nos incentivar a rever nossos conceitos, na intenção de nos unir ao ideal da preservação da natureza, no culto e cuidado, com muito amor e carinho, demonstrando devoção a nossa Mãe, ou seja, nosso imenso planeta que passa por muitas dificuldades, mas continua lutando e se renovando, para se manter vivo, pulsando, por um bem maior.
Nossa Mãe Terra, jamais abandonou seus filhos e pretende continuar cuidando de todos nós, mas está precisando de ajuda.
Vamos nos unir neste propósito, pois não adianta ter sabedoria, conhecimento, espiritualidade, dons, sonhos e desejos, se não tivermos um planeta saudável e habitável para que possamos colocar tudo isso em prática.
O dever do ser humano é cuidar e dar valor ao que nosso Pai Maior e nossa Grande Mãe nos deram, então que saibamos fazer a nossa parte, ensinar nossos filhos e dar exemplos para que nossos irmãos despertem para o mesmo. Unidos, como irmãos que somos, seremos muito mais fortes e daremos muito orgulho aos nossos Pais.
Vamos cuidar Dela, para que Ela continue cuidando de nós.
NAVEGANTES DA ESPIRITUALIDADE
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