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DA ESCURIDÃO À LUZ: UMA JORNADA DE REDENÇÃO

Atualizado: 15 de fev.

Hoje sou um trabalhador da luz, mas já trabalhei para as trevas.



Durante minha existência, em várias encarnações e na espiritualidade, pratiquei o mal. Toda vez que desencarnava, voltava ao mesmo lugar, ou seja, ao umbral.


Lá sempre fui muito respeitado pelos outros espíritos trevosos e temido pelos mais simples e ignorantes, que se tornavam nossos escravos.


Esses pobres coitados praticam o mal na Terra, mas não têm consciência espiritual para se livrarem do que fizeram, tornando-se presas fáceis para os mais experientes que precisam aumentar seus exércitos do mal.


Já fiz muita gente sofrer, tanto no plano físico quanto no plano espiritual.


Eu não tinha dó nem piedade. Matei, espanquei e torturei muitos para suprir minhas necessidades e alcançar meus objetivos.


Durante muito tempo, reinou na minha vida a mentira e a maldade. Jamais me importei com o sofrimento das pessoas, fossem próximas ou não.


Contudo, em certa ocasião, ainda vivendo na escuridão da maldade como líder de um grande exército trevoso, após ser confrontado por aqueles que caminham na luz, resolvi enfrentá-los. Fui até eles tirar satisfações, pois haviam convencido muitos do meu clã a seguir o caminho da luz e se libertarem da escravidão. Aqueles que aceitaram, não pude punir, mas os que ficaram na dúvida e não foram com medo das consequências, pude açoitá-los em praça pública para mostrar meu poder e o que aconteceria aos que me traíssem.


Todos ficaram chocados e com mais medo ainda do que eu era capaz de fazer.


Era muito bom torturar desencarnados, pois sentiam a dor, sofriam, mas não podiam mais morrer. Podiam ser espancados e machucados por muito tempo, seu períspirito deteriorava, mas não morriam. Depois, bastava um descanso para se recuperarem.

Eu adorava fazer isso, muitas vezes foi meu passatempo preferido.


Voltando ao confronto com os da luz, ao chegar até eles, acompanhado de alguns capangas, senti certo mal-estar. A atmosfera do lugar era muito diferente do que eu estava acostumado, isso me deixou sonolento e mais fraco, mas não desisti de completar meu intento.


Eu precisava dar um recado a eles.


Adentrei um lugar estranho e terreno, um centro espírita, já ouvira falar de lugares assim, mas não conhecia.


As pessoas lá, encarnadas ou desencarnadas, perceberam minha presença, mas não pediram que saísse, muito pelo contrário, a maioria parecia receptiva e me deu boas-vindas, permitindo que eu entrasse e caminhasse livremente.


Enquanto eu caminhava, pensava: 'Nossa! Aqui não têm segurança alguma, vou chegar até o líder deles sem ser detido ou questionado.'


Parecia que sabia exatamente onde ir, pois fui diretamente ao grupo que levou meus escravos.


Chegando lá, vi um lugar bonito, florido e iluminado, onde realizavam um trabalho conjunto entre encarnados e desencarnados.


Eles ajudavam outros espíritos sofredores a se livrarem de suas culpas e dores.


Fiquei próximo, observando e escutando. Aquelas palavras bem ditas me causavam mal-estar e fui envolvido por aquela vibração.


Em certo momento, senti-me tão mal que pensei que desmaiaria, mas não aconteceu. Apaguei rapidamente e percebi que estava energeticamente ligado a um ser encarnado que permitiu isso.


Outro ser desencarnado, que parecia líder do grupo, estava ao meu lado e pediu calma, dizendo para dizer o que precisava ser dito.


Eu, confuso e fora de mim, consegui reunir forças do ódio para dizer o necessário.


Curioso foi que tudo que eu dizia e os gestos que fazia, o ser ao qual estava acoplado repetia. Nunca havia passado por isso.


Todos me ouviram, inclusive os meus seguidores do lado de fora.


Mostrei firmeza e os enfrentei, dizendo que não permitiria mais que tirassem meus escravos, pois eram meus e ninguém tinha esse direito. Ameacei guerra caso continuassem.


Alguns pareceram assustados, mas a maioria permaneceu em oração, esperando que eu terminasse.


Quando acabei, uma jovem encarnada do grupo pediu que me acalmasse e aproveitasse para me libertar da raiva e do ódio, perdoando e me perdoando, para deixar a escuridão e caminhar na luz.


Afirmou que eu deveria aceitar, pois Jesus, nosso mestre, me esperava com amor.


Na hora, ainda mais enfurecido, questionei por que Jesus me esperava, já que eu nem me sentia digno de ouvir esse nome.


A jovem, percebendo minha energia, disse que Deus, nosso Pai, ama a todos e jamais abandona seus filhos, e que meu momento havia chegado, era hora de seguir em frente e deixar o que estava vivendo para trás.


Aquilo mexeu um pouco comigo, mas endureci, relutante e hostil.


Diante de minha postura e arrogância, o ser iluminado ao meu lado me fez um convite que não pude recusar. Convidou-me a passar uma semana com eles naquela casa para conhecer o lado da luz.


Mesmo contrário, decidi ficar, com a condição de permanecer por livre vontade e sair quando quisesse.


O ser concordou, feliz.


Desliguei-me da mulher e fui falar com os meus. O ser iluminado sorria e fez o mesmo convite a eles, que aceitaram, pois eu também ficaria.


Quando ele se afastou, disse aos meus que seria uma chance de conhecer as fraquezas deles.


Durante a semana, fomos bem tratados, apesar de sermos ignorantes e arredios. Todos nos tratavam com amor, mesmo diante de nossa ironia, mantendo um tom amoroso.


Fazia tempo que não sentia o calor do amor.


Aos poucos, fomos conhecendo os trabalhos e ajudando. Mesmo sendo pacientes, alguns que queriam causar desordem eram acalmados por seres da luz.


Isso despertou em mim o desejo de mudar. Surgiu algo interno que jamais imaginei ter: o amor e a vontade de fazer o bem.


Meus primeiros pensamentos nesse sentido repulsaram-me, mas com o tempo, ajudando e sentindo a gratidão dos assistidos, fomos mudando nossos corações e pensamentos.


Houve momentos de conversas, e mesmo calados, ouvíamos com atenção.


Nem percebemos, mas até nossa aparência mudou, estávamos mais limpos, bonitos e serenos.


Chegou o último dia, mas eu ainda duvidava. Meus seguidores queriam ficar, embora não dissessem com medo de mim.


Na despedida, o mentor espiritual nos convidou a ficar mais tempo para aprender sobre caridade sublime, sendo levados para uma colônia de estudo, preparando-nos para trabalhos diversos e outras áreas.


Alguns choravam, eu me mantive duro para não demonstrar fraqueza.


Decidi ficar um pouco mais, mas decidiríamos quando sairíamos.


O mentor ficou feliz, abraçou-nos, comunicou aos outros e sentimos amor naquele momento.


Fomos para outras colônias, onde tratamos e estudamos sobre trabalhos do bem.


Hoje, anos depois, sou um trabalhador da luz. Visito lugares trevosos e sei lidar com esses espíritos, sendo reconhecido por muitos que antes tinham medo de mim, agora me respeitam como ser iluminado.
Não me tornei santo, estou longe disso. Meu objetivo agora é exclusivamente fazer o bem, exaltando Jesus e o amor do Pai.

Meu grupo, liderado por um mentor experiente, adentra esferas densas resgatando aqueles que buscam redenção do medo e da culpa.


Não temos medo, pois conhecemos esses lugares e caminhamos com corações livres de energias negativas, sendo luzes na densa escuridão para ajudar nossos irmãos.


Estou feliz por compartilhar minha história. A reflexão sobre nossas ações é importante para encontrar nosso caminho. Não existe mal que o bem não possa vencer. Todos podemos mudar, basta querer.


O problema é continuar no mesmo lugar, com as mesmas pessoas e ações. É necessário sair desse ciclo vicioso, conhecer novos caminhos. Aceitei o convite de Jesus e acredito que você também pode. Isso mudará sua vida.


Paz e luz."


NAVEGANTES DA ESPIRITUALIDADE.

(Relato Espiritual).


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