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UM AMOR POR MOÇAMBIQUE

Atualizado: 24 de nov. de 2023

Este relato espiritual traz a história da entidade amorosa e de luz que hoje se apresenta como um marinheiro.

Há mais de mil anos, enquanto navegava na costa de Moçambique, um navio foi acometido por uma forte tempestade e acabou sofrendo um naufrágio. Muitos, infelizmente, não conseguiram se salvar e morreram afogados.


Entre os passageiros do navio, havia um menino branco e francês de apenas três anos de idade que se chamava Knut. Ele estava viajando com sua família para uma terra distante, quando uma onda gigantesca virou e afundou o navio em que estavam a bordo.


O menino, por um milagre divino, protegido pela espiritualidade, foi levado pelas ondas, ainda com vida, até a praia de Moçambique, onde foi encontrado por algumas mulheres moçambicanas.


Graças a uma intervenção divina, foi encontrado e salvo por pessoas amorosas e caridosas, que sensibilizadas com sua situação, acreditando que era o único sobrevivente daquele desastre, precisaria de muita atenção, amor e carinho.

Acolheram-no e trataram-no como da família. Ele virou filho da aldeia, pois vivia solto. Os mais velhos, ao conhecê-lo, deram-lhe o nome de Avery, que significa conselheiro, sábio.


Um menino branco, loiro e de olhos azuis que cresceu e se desenvolveu entre os africanos, aprendendo seus costumes, sua língua, culinária e cultura. Acabou se tornando um moçambicano de coração, amando aquela terra e o mar que a banhava.


Ele sofria muito com seu trauma, pois não conseguia esquecer o que havia passado. Rememorava a tempestade, suas ondas gigantes, o medo, a angústia e o desespero de seus familiares, que eram jogados ao mar revolto para encontrar a morte.


Essa situação o travava ante ao mar e ele jamais conseguia se banhar na praia. Ficava sentado, parado em frente ao oceano, admirando, contemplando sua beleza e sua imensidão, mas tinha pavor de entrar na água.


Tentaram de todas as maneiras aliviar o seu sofrimento, e até obtiveram certo sucesso, mas não conseguiram eliminar sua fobia em relação às águas. Por consequência do seu trauma, ele jamais se aventurou no mar.


As moçambicanas da aldeia o ensinaram a cozinhar, cada uma do seu jeito. Ele foi pegando gosto pela culinária e aprendeu um pouquinho com cada uma delas. Elas aproveitavam os ingredientes locais, como peixes e frutos do mar frescos, grãos, legumes, verduras e algumas especiarias.


Com o passar do tempo, mas precocemente, Avery se tornou um cozinheiro excepcional. Ele tinha muita aptidão para culinária. Sabia combinar os temperos e as especiarias com maestria. As pessoas salivavam quando sentiam o cheiro da sua comida.


Durante as expedições dos homens da aldeia, em busca de recursos, seja pelo mar ou por terra, ele se sentia feliz de poder ficar para cozinhar e conversar com as pessoas.


Respeitava e adorava conversar com os mais velhos, pois aprendia muito com eles.


Com o passar dos anos, Avery foi envelhecendo, e seu amor pela culinária e cultura moçambicana só aumentava. Ele se tornou um sábio, aprendendo com os mais velhos e repassando aos mais jovens. Enquanto cozinhava, muitas vezes, muitos ficavam próximos a ele para que pudessem conversar, e ele se sentia muito feliz, pois sempre tinha companhia e não fazia nada sozinho.


Além de ensinar quem desejava aprender seus dotes culinários, ele dava conselhos e orientações sobre diversos assuntos da vida. Sua sabedoria e seu jeito carinhoso de falar, sem arrogância, prepotência ou julgamentos, encantava a todos.


Ele sempre demonstrou ter muito respeito e uma ligação profunda com a natureza e os animais. Avery cresceu, viveu e morreu naquela aldeia muitas vezes. Pela vida que levava e pela diferença que fazia na vida das pessoas, teve o merecimento de poder escolher onde reencarnar e não mais abandonou aquele lugar que tanto amava.


Em todas as vidas em Moçambique, Avery cozinhou para as pessoas daquela vila que, depois de sua chegada, jamais foi a mesma. Cozinhava para pescadores, caçadores, marinheiros, mulheres, para os mais velhos e mais jovens. Chegou a cozinhar diversas vezes para famílias ricas, turistas curiosos e até para realezas, que vinham de longe e faziam suas paradas naquela praia, pois já tinham ouvido falar dele.

Todos que provavam seus pratos e se alimentavam de sua sabedoria se encantavam com seu talento, simpatia e sua alegria. Ele sempre foi muito feliz vivendo por lá. Fez história e deixou um legado de respeito e amor ao próximo, sem distinção.


Apesar de ter vivido diversas vidas no mesmo lugar, crescendo, aprendendo e evoluindo a cada nova oportunidade, Avery jamais constituiu família. Nunca se casou ou teve filhos. Sempre se dedicou a cuidar da aldeia e de todos que lá habitavam, em sinal de gratidão por tudo que fizeram por ele, quando mais precisou.


A cada nova encarnação, acabava sempre no mesmo lugar, sua evolução era contínua, como se fosse a primeira e única vida, mantinha o medo do mar e nem sabia explicar o motivo, mas sempre crescendo e expandindo sua consciência, renunciando a si mesmo em prol dos habitantes daquele lugar, que nem eram mais os mesmos.


Todavia, importante frisar que, Avery não foi apenas um cozinheiro. Ele se tornou um espírito de luz, se dedicando a ajudar outras pessoas a encontrar o seu próprio caminho e propósito na vida.


Os turistas vinham de longe para comer sua comida, ouvir suas histórias e aprender com ele sobre os mistérios da vida. Alguns partiam da aldeia, ansiosos para retornar.


Ele se tornou para muitos que o conheciam um exemplo de amor e sabedoria, todos o admiravam. Um ser de luz que não nega auxílio a ninguém que esteja necessitando.


Na atualidade, após não mais precisar reencarnar, ele continua ajudando as pessoas. Agora como uma entidade de luz que se apresenta no arquétipo de um marinheiro. Sim, ele é um marinheiro que nunca foi ao mar.


Na espiritualidade e na materialidade ele ampara espíritos perdidos, que vagam sem rumo pelos caminhos da existência, os encorajando a seguir em frente e confiar na própria força interior. Sua presença marcante e amorosa, ainda hoje é sentida por todos naquela aldeia. Suas memórias permaneceram vivas e foram repassadas de geração em geração. Muitas histórias diferentes, de personagens diferentes, mas ligadas ao mesmo espírito que aprendeu a viver em prol do próximo, e com isso, se tornou o que é hoje. Um espírito divinizado.


Ele fez e faz diferença na vida de milhares de espíritos que ouviram suas histórias ou que ainda escutam suas orientações.


Os que ainda convivem com ele, sentem o prazer da sua presença, e são contagiados por sua energia bondosa, amorosa e calorosa.


Até a natureza se rendeu à sua grandeza. As árvores, as aves e os peixes, de forma surpreendente, falam com ele. Um ser iluminado pela sua simplicidade e humildade.


Este breve relato, bem que poderia ser um prefácio de uma imensa obra literária, mas não será possível, pois ele acredita que as mensagens devem ser transmitidas uma a uma, e que somente os merecedores, terão contato com quem conhece sua história.


Nesta ocasião, conto aqui parte do todo, e quando você ouvir falar do marinheiro de Moçambique, portador de palavras doces e amorosas, que são proferidas em forma de parábolas e histórias, preste atenção, escute, reflita, pratique e propague, pois assim manteremos viva uma das mais lindas histórias de vida de um espírito iluminado, que evoluiu e vive ensinando o valor da família e do amor ao próximo.

Talvez possamos narrar aqui mais alguns momentos vividos por este imenso espírito. Pois entendo que, somente assim mantemos vivas as pessoas que amamos. Só morre quem não é lembrado, e em forma de gratidão, devemos propagar suas histórias.


Assim ele viverá pela eternidade, ensinando e semeando o seu melhor.


Salve Marinheiro, salve o povo das águas, salve todas as energias divinas e que Deus nos abençoe.


Como ele mesmo diz: venha cá me dizer, o que você tem pra dizer...


NAVEGANTES DA ESPIRITUALIDADE

(Relato Espiritual)

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