Frequentemente, em conversas ou debates, sentimos a necessidade de provar que estamos certos, defendendo nossas crenças ou ideologias. Mas será que isso realmente vale a pena?
Quanto tempo desperdiçamos tentando convencer os outros de que nossas práticas ou visões de mundo são as corretas? Existe realmente um “certo” absoluto ou estamos falando de diferentes perspectivas?
Precisamos entender que o essencial não é convencer os outros. Cada um de nós possui ideais e maneiras únicas de enxergar a vida. A mesma paisagem no horizonte pode ser interpretada de várias formas, alterando a beleza percebida conforme o ponto de vista.
Você pode olhar para a vista e exclamar: “Que linda paisagem!” Outro pode responder: “Não vejo nada de especial.” Tudo depende das circunstâncias, da maneira como o outro enxerga o mundo, de seu estado de espírito e de inúmeros outros fatores.
Isso vale para assuntos como política, religião ou futebol. Cada pessoa entende e interpreta de acordo com a verdade que escolhe ver. Vivemos em um mundo coletivo, cercados por pessoas diferentes para que possamos aprender uns com os outros. Porém, nossa missão não é mudar o outro, e sim a nós mesmos.
Em vez de gastar energia em discussões ou tentativas de convencimento, invista em sua própria transformação. Deixe que suas atitudes falem por você. Se sua fé te faz uma pessoa melhor, mostre isso com ações, e não com palavras. Não tente convencer alguém de que sua religião é superior; ao invés disso, inspire com seu comportamento.
Nossa meta não é sermos melhores que os outros, mas sim superarmos a nós mesmos, dia após dia. Esse é o propósito de nossa existência. “Portanto, meus amados irmãos, todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar; porque a ira do homem não opera a justiça de Deus.” (Tiago 1:19-20). Ao abordar temas polêmicos, mesmo quando a outra pessoa for radical ou impositiva, escute sem a intenção de discutir. No meio de mil palavras, pode haver uma que toque e transforme o seu pensamento.
Ninguém é dono da verdade absoluta. Cada ser humano carrega dentro de si uma fração dela, mas, para muitos, essa pequena porção já é suficiente para achar que sabem de tudo.
Jesus nos ensinou: Ele é o caminho, a verdade e a vida. Demonstrou, por meio de ações, o que é amar o próximo e o que é merecer ser ouvido. Primeiramente, mostre o exemplo e, depois, fale – mas somente para aqueles que realmente desejam ouvir. “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas…” (Mateus 7:6). Como nos ensinou nosso amado Mestre, é preciso discernimento ao compartilhar o que é precioso.
NAVEGANTES DA ESPIRITUALIDADE
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